sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dom Quixote de La Mancha

A história começa após o nosso cavaleiro – D. Quixote de la Mancha - ler muitos livros sobre cavalaria andante, o que o leva a enlouquecer e em consequência sente a necessidade de também imitar os cavaleiros andantes.

O nosso cavaleiro veste uma velha armadura, pertença dos seus ancestrais, convida o seu vizinho Sancho Pança (prometendo-lhe, que se fosse seu fiel escuteiro, este lhe daria o governo de uma ilha), monta o seu cavalo, que baptiza com o nome de Rocinante, e transforma-se no Dom Quixote. Cavaleiro, escudeiro, cavalo e burrico, partem em busca de aventuras, salvando e protegendo fracos e oprimidos, donzelas em perigo e tantos outros injustiçados. Os feitos que esperava realizar, dedicou-os por antecipação, à donzela Dulcinéia del Toboso, na verdade, uma simples camponesa da região em que ele vivia, mas que na sua prodigiosa fantasia de doido era a mais digna das damas. Tudo tão irreal quanto o demais.

Durante as suas aventuras, Sancho Pança, tenta inutilmente incutir em D. Quixote algum principio de realidade, isto porque durante todo o tempo o cavaleiro oscila em melancólicos sonhos.

D. Quixote é visto como um louco, de quem as pessoas zombam e ridicularizam. Tem, no entanto, momentos em que é sábio, filósofo e poeta, de um mundo que o reprime, que zomba dele, que o humilha, não reconhecendo a sua bondade infinita e o seu desejo incansável e extraordinário de salvar o mundo.

A história continua, quando um amigo seu, disfarçado de cavaleiro, propõe-lhe um dueto, cujo oponente que fôr vencido terá que obedecer ao vencedor.

D. Quixote perde e, como pagamento, o cavaleiro vencedor exige-lhe que deixe a vida de cavaleiro andante e que volte para casa. No caminho começa a idealizar uma vida amena e tranquila no campo, onde ele e o seu amigo Sancho viveriam à moda de pastores ao lado das suas “Dulcinéias”. Mas felizmente recupera-se da sanidade e poucos dias depois morre.

Há muitas passagens no livro que merecem ser visitadas, entre as quais se distingue o seu encontro com os moinhos de vento, confundidos com gigantes e a qual transpomos seguidamente:

“- A aventura nos vai guiando melhor as coisas do que pudéramos desejar; ali estão, amigo Sancho Pança, trinta desaforados gigantes, ou pouco mais, a quem penso combater e tirar-lhes, a todos, as vidas, e com cujos despojos começaremos a enriquecer; será boa guerra, pois é grande serviço prestado a deus o de extirpar tão má semente da face da terra.

- Que gigantes? - Inquiriu Sancho Pança.

- Aqueles que vês ali, com grandes braços - respondeu-lhe o amo; - alguns há que os têm de quase duas léguas.

Com certeza não eram gigantes que o cavaleiro da triste figura mostrava ao seu fiel escudeiro Sancho Pança, eram moinhos de vento! (…)”.





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